Seguramente muito mais de metade dos casais têm dificuldades com prazer e logo desde bem cedo. Até agora tem dominado a vergonha de falar no assunto. Mas finalmente começam a sentir-se desconfortáveis e a procurar ajuda.
E é tão fácil ajudar! Se os casais se amam de facto, é tão fácil aprenderem a ser mais cúmplices, amorosos, românticos, sedutores, sensuais e sexuais e a criarem boas uniões e muitas vezes a "salvarem" as existentes.
Porque é que há dificuldades na intimidade (na intimidade toda: romântica, amorososa e sexual)? Porque as pessoas não aprenderam. Porque não se ensina em casa nem nas escolas a entrar em intimidade com os outros, a receber prazer e a dá-lo e então a pessoa simplesmente não sabe como se faz.
Apesar de residirem em nós os potenciais, necessitamos de aprender para os podermos realizar de forma satisfatória. Se não aprendermos a falar, falaremos a vida inteira como os bebés; se não aprendermos a escrever ficamos analfabetos; se não aprendermos a cozinhar, cozinhamos?
O mesmo acontece com o sexo: usamo-lo (em geral) tal como o usa qualquer outro animal desprovido de racionalidade, utilizamo-lo de forma instintiva. Ora a forma instintiva serve só para a procriação. Se queremos usá-lo para o aspecto prazer, ou para viver mais profundamente os amores, então há que o melhorar. Tal como a comida: podemos comer os alimentos crus e sem temperos, podemos cozinhá-los de forma simples, podemos elaborar um pouco mais e podemos também escolher um chef conceituado.
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Assim é com a sexualidade e a intimidade em geral. O sexo pode ser à canzana (?), como se vê nos filmes pornográficos e se induz dos outros, ou aprender umas coisas e a partir daí ir elaborando "receitas" cada vez mais saborosas e capazes de alegrar mais e mais cada um e ambos.
Ganham os indivíduos na sua globalidade, o casal e seguramente a sociedade. É que prazer dá saúde, alegria, bem-estar. É medicina pura.
E como eu disse: é tão fácil! Tão pouca coisa a aprender para tanto ganho.
