terça-feira, 25 de agosto de 2015

Vamos ser papás



“Vamos ser papás! Estamos bem, Sati! Seres plenos! Obrigada por tudo! Manter-nos-emos perto!"

Carla e Filipe vieram ter comigo encaminhados por uma terapeuta. A relação não estava a funcionar, a intimidade não era satisfatória, Filipe queria ter um filho mas Carla tinha receio.

O ponto mais alto da segunda sessão (a primeira com ensinamentos práticos) foi a descoberta de que nunca se tinham olhado demoradamente. Alguns dias depois Carla escrevia-me: “Agora todos os dias quando nos deitamos fazemos o Namasté (ritual tântrico), sentados um em frente ao outro, a encontrarmo-nos no olhar um do outro! Tem sido muito importante! “

Aprenderam a falar um com o outro - a dizer o que gostam, o que não gostam, o que lhes apetece - a tocar-se, a amar-se através do corpo, da respiração, da troca de energias.

Depois da terceira sessão Filipe dizia-me “estamos bem e melhores, e a si o agradecemos”, Carla, de mais palavras, escreveu, “Estamos muito mais plenos, Sati!! Tem sido uma viagem com sensações muito diferentes!

E eis que três meses depois da quarta e última sessão chega a novidade que me deixou absolutamente emocionada. “Vamos ser papás! Estamos bem Sati! Seres plenos! Obrigada por tudo! Manter-nos-emos perto!"

quinta-feira, 23 de julho de 2015

"Quando tomei a decisão de trabalhar o prazer ele foi entrando na minha vida", depoimento


A falta de prazer sexual era sabido há muito tempo. Verbalizado ao fim de muitos anos de silêncio. No meu caminho de desenvolvimento pessoal iam-se levantando umas tabuletas com a palavra “prazer”. Uma situação ginecológica voltou a trazer o tema para cima da mesa. Aceitei, finalmente, que precisava de ajuda.

Passaram-se 4 meses. Hoje olho para trás e observo:

  • quando tomei a decisão de trabalhar o prazer ele foi entrando na minha vida,
  • cortei com uma relação afectiva onde não estava bem,
  • um conjunto de coincidências levaram-me a voltar a dançar, um prazer e alegria que tinha deixado por razões familiares e já tinha esquecido o quanto gostava,
  • espantei-me a olhar-me com mais apreço, a gostar de ouvir a minha voz, a enamorar-me de mim mesma,
  • entrou um novo homem na minha vida.

O caminho do prazer não terminou, mas só por tudo o que já mudou estou profundamente grata. Obrigada Sati por teres a coragem e a disponibilidade para este trabalho, por partilhares um conhecimento escondido, esquecido, tão enriquecedor e poderoso.

Aisha, 41 anos, bancária

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Conheço Aisha  há 4 ou 5 anos. A partir daí os nossos caminhos cruzaram-se várias vezes por razões diversas, ela inclusive fez algumas massagens comigo para relaxar e reequilibrar. Estava na minha lista de amigas.

Há 4 meses marcou uma massagem comigo, só que desta vez vinha enviada pela Dra Radmila Jovanovic, ginecologista-obstetra que costuma recomendar o meu trabalho a pacientes suas, e trouxe a revelação: nunca tinha tido prazer.

É uma mulher jovem, bonita, doce, interessante. Uma entre centenas de milhares (ou mais) em Portugal, e de biliões no mundo, que nunca tiveram ou raramente têm prazer.

Só que destas coisas não se fala: nem aos namorados e maridos, nem às amigas. Afinal ainda está nas nossas células que não se espera que as mulheres tenham prazer.

Muitas vezes é alguém mais atento que se apercebe, uma médica experiente e atenta (como é o caso), um psicólogo... Mas mesmo nessas alturas é muito difícil a mulher aceitar ser ajudada. Inventa 1001 desculpas para não sair do estado conhecido em que se encontra. Dói, mas já sabe como é.

Aisha  é uma das que teve essa coragem. Não lhe foi fácil (nem é ainda, embora seja cada vez mais) mas os resultados vieram muito rapidamente e são tão compensadores. É que não se trata só de ter prazer durante a intimidade física. 

Essa permissão e abertura ao prazer trazem aumento da auto-estima, da alegria, da vitalidade, da saúde, melhora os relacionamentos, a maneira de estar na vida. A falta dele traz exactamente o contrário. 

É uma opção entre viver plenamente, com criatividade, determinação, amor-próprio, sabendo o que se quer e sendo capaz de ir atrás; ou viver tristonho, sem grande rumo na vida, sem objectivos e muitas vezes com enormes problemas de saúde.

Muitos dos problemas físicos e emocionais na mulher escondem a falta de auto-permissão para terem prazer; a falta de coragem para comunicarem aos parceiros o que gostam, para porem limites; a falta de compreensão pela parte do outro.

Muitos relacionamentos não funcionam porque se descura totalmente esta parte tão importante, que no Taoismo é associada a... saúde e medicina!


Sati

terça-feira, 21 de julho de 2015

Workshop de Massagem Sensual - Depoimentos















Adorei os ensinamentos que recebi, já estou a praticar e senti uma diferença tão boa na forma como me vejo e saber que posso dar ao outro tanto com o meu toque é maravilhoso. Foi lindo!
Mariana. 30 anos
  

Muito grata pelos momentos de aprendizagem, nutrição, prazer e partilha proporcionados.
Adorei a tua entrega, generosidade e amor que transpira dos teus gestos, palavras e olhar.
Este workshop foi muito importante para mim neste momento do meu caminho.
Ainda estou a integrar as minhas vivências desse dia e já sinto falta de mais.

Maria, 54 anos


Infinitos obrigadas pelo dia de sábado. Foi um ponto de viragem no meu caminho pessoal e por isso também na relação com o meu marido.
Sara, 33 anos


Foi maravilhoso, um dia pleno de descobertas e um caminho a continuar. Imensamente grata pela oportunidade de estar presente.
Sofia, 35 anos

quinta-feira, 11 de junho de 2015

A capacidade de ter prazer é finita?



Deixar de ter prazer ou de ter vontade de ter prazer é morrer em vida. Não me refiro exclusivamente a prazer físico, mas também me refiro a ele, quando pergunto se a capacidade de ter prazer é finita.

A capacidade de ter alegria no coração e sentir prazer através de qualquer órgão dos sentidos e em qualquer milímetro do corpo começa com o nascimento e termina com a morte. Se antes da morte física a capacidade de prazer terminar significa isso que a pessoa escolheu morrer antes de morrer. A boa notícia é: Como a morte física ainda não aconteceu a situação é reversível.

Que com a menopausa as mulheres deixam de ter interesse por sexo. Nada mais falso, mesmo aquelas que julgam que assim é. A essas sugiro que procurem Ser Pleno e que se descubram plenamente.

Também a sexualidade masculina não vai terminando com o avançar da idade: saibam os homens o que fazer. E isso também se aprende.

Na verdade é possível ter prazer em qualquer idade. Quando assim não é, tenha a pessoa 20, 30, 50 ou 100 anos; seja homem ou mulher, é porque alguma coisa está a funcionar menos bem e convém procurar ajuda. É sobretudo isso que fazemos em Ser Pleno, e por vezes é tão fácil de resolver.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Conversas com o espelho (ou o que é sexo?)



Pergunta: De que falas quando dizes “sexo feminino”?
Resposta: Falo de pele delicada (mesmo se com calos ou rugas); de 1,50m a 1,80m de altura (às vezes mais, outras nem tanto), de voz doce, sorriso matreiro, peito farto, coração quente, colo, imenso colo. Falo de mãe, amante, irmã, amiga, filha. De mulher e menina. De sábia e acabada de nascer. De criadora, trabalhadora. De garra.

P: E quando dizes “sexo masculino”, de que falas?
R: Falo de 1,60m a 2m (às vezes mais outras nem tanto) de corpo forte e determinado. De coragem, ousadia; de vontade de fazer e fazer. De coração ora doce ora inflexível. Falo de pai, irmão, amigo, amante, filho, companheiro. De criança, adulto, ancião. De pelos nas axilas e nas pernas, de colo protector, de segurança.

P: E quando dizes “sexualidade”, falas de quê?
R: De prazer. De prazer no 1,50m a 2m de corpo (às vezes mais outras nem tanto). De prazer, ternura e afinidade no coração. De prazer no abraço determinado à vida, ao outro, aos outros. De prazer no colo recebido, na criatividade, na criação, nos saltos dados na natureza, nos mergulhos plenos no mar, nos beijos da areia, do vento e do sol, no simples respirar de corpo inteiro. De prazer nos abraços partilhados com alguém, nos gemidos de corpo inteiro. Falo de alegria de ser plenamente, de transcendência, de imenso amor.

P: E o que é para ti “sexo”?
R: Masculino? Feminino? Relação Sexual? Órgãos genitais? Prazer? Nunca é, seguramente, só um acto sexual, ou só um órgão genital (ou só dois). Detesto coisas limitadas, prefiro a infinita imensidão que somos.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

É preciso falar

Ainda está bem enraizado nas nossas células que cabe ao homem a iniciativa sexual. Talvez por isso muitas mulheres ficam à espera que eles adivinhem o que elas gostam e querem.

Os homens têm um apelo genital fortíssimo, porque lá em baixo um batalhão de espermatozóides grita por fecundar o mundo e isso é a única coisa que aqueles que não aprenderam sobre sexualidade, erotismo e prazer logicamente querem: permitir que os espermatozóides sigam os seus impulsos.

Mas a mulher, terra, necessita primeiro que o seu leito seja cuidado, tratado, acarinhado para se ir abrindo e ficar pronto para que o batalhão de espermatozóides se lance à conquista do único óvulo disponível. (Se a mulher não estiver na altura da ovulação, e raramente está, ainda mais trabalho a terra requer.)

Ora quem é que tem que explicar ao homem estas especificidades das mulheres? Só a mulher o pode fazer. Se nunca nenhuma lhe contou, como é que ele adivinha?

Então, mulheres, vamos lá falar com o homem e dizer-lhe o que gostamos, o que não gostamos, o que queremos muito e o que não aceitamos de todo. Como a mulher não traz livro de instruções tem que o criar.


O mesmo com o homem. O que é que uma mulher faz a um homem? Por onde é que se começa? Onde é que se mexe? Onde é que se agarra?

Além disso, é minha convicção, que também tem que ser a mulher (no caso de casais heterossexuais) a desvendar ao homem o seu corpo, para que ele não fique refém do batalhão de espermatozóides cujo único objectivo é fecundar, e possa seguir os seus objectivos e necessidades de prazer. E não é a saída dos espermatozóides que dá prazer, nem o prazer se confina àqueles poucos centímetros do falo.

E como é que a mulher faz isto ao homem? Tem que aprender! Como? Bom, as explorações individuais são maravilhosas, mas falar com quem sabe, pedir ajuda, aprender, é fundamental. Ninguém nasce ensinado em nada, nem nisto. Talvez 1 em 1 milhão consiga ter grande prazer sem aprender as suas artes, talvez 1… Farei eu parte desse 1 raro, ou estarei a perder o melhor da festa? Eu tenho que aprender! Ou com parceiro(a) experiente que me satisfaz e me ensina ou com alguém que saiba.

E também a mulher necessita que o seu corpo lhe seja apresentado. Se ela sabe o que gosta e o que não gosta, e o pode e deve comunicar, o desconhecido por si própria é infinitamente superior. As explorações individuais são importantes, mas é também necessário que a outra pessoa lhe vá dando a conhecer o seu corpo. Como? Também ela tem que aprender.

Nas famílias e nas escolas (ainda) não se ensina, mas, felizmente, vão aparecendo já alguns locais de aprendizagem e de trabalho com casais. Já não é preciso ficar na ignorância, nos orgasmos fingidos, na castidade, nas escapadelas, na ejaculação precoce.

Este é um dos grandes objectivos de Ser Pleno: ensinar sobre prazer, erotismo, sexualidade, para que homens e mulheres possam viver com plenitude, para que se possam realizar como pessoas e terem relações de amor e prazer em vez de relações de casal que na melhor das hipóteses se transformam em pura amizade / fraternidade e na pior em verdadeiros campos de batalha para mal de todos e do mundo.

Tudo o que aqui foi dito tem também aplicações para casais gay. Seja qual for a orientação sexual, é sempre possível aprender e aprender a ter e a proporcionar mais prazer.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Um ano de Ser Pleno



Em memória da minha avó

O Google avisou-me que Ser Pleno fazia um ano. Não sou muito dada a essas coisas de datas, não me lembrava de todo, mas gostei de saber. E hoje dei-me conta que o nascimento de Ser Pleno coincidiu com a data de nascimento da minha avó: 30 de Março. Minha avó, mulher guerreira. Mulher que pariu meia dúzia de filhos, os sustentou, e ainda levava pancada do marido, por isso um dia foi-se embora de casa. Foi seguramente das primeiras mulheres no Alentejo a abandonar o “lar”.

Apesar das imensas dificuldades, era alegre, bem-disposta e sempre pronta para uma boa farra. Então, foi feliz muitas vezes. Que me lembre, era a única pessoa que me amava incondicionalmente. Acho que só com ela eu podia ser eu. Este primeiro aniversário de Ser Pleno é em memória dela.

Ser Pleno tem como objectivos ajudar a que mulheres e homens sejam integralmente, se cumpram como seres humanos, como pessoas.

Que ela possa, que eu, nós, todos os homens e todas as mulheres do passado, do presente e do futuro possamos fluir para um mundo onde nos sintamos bem connosco, com os outros e com o todo.


Há uns seis mil anos que a humanidade enfrenta a repressão da vida. O objectivo tem sido ir para o céu, atingir Nirvana (que significa a extinção do corpo), transcender a matéria. E isso tem levado a uma série infindável de repressões do corpo e da pessoa. Sendo a mulher associada à matéria e o homem à consciência, ela foi considerada a encarnação do próprio mal, como pessoa foi considerada um ser inferior, foram-lhe retirados direitos.

Num universo de equilíbrio de opostos – calor-frio, actividade-descanso, dia-noite – foi negada parte da humanidade: a mulher foi suprimida; ao homem foi retirada a mulher. A quem é que isto pode convir? Parece-me que a ninguém.

E é assim que vivemos numa sociedade desequilibrada, patológica, onde se defende a guerra e ataca o prazer. Onde as pessoas não têm o direito de ser inteiras, mas se aceita e estimula a riqueza desmesurada que conduz à fome. Onde cada um vê o seu umbigo e fica tão ofuscado por ele que não percebe que ao ignorar os outros se está também a ignorar a si.  

Em Ser Pleno defende-se a inteireza da vida e das pessoas e trabalha-se para ajudar a resgatar aquilo que somos por direito de nascença e logo por direito divino. 


Não queremos roubar nada, só queremos usufruir do que somos e do que temos dentro do nosso próprio corpo e da nossa própria alma.

Em Ser Pleno acreditamos que o ódio, a guerra, a fome, a falta de afecto, bem como a maior parte das doenças nascem devido à negação do direito a Ser. Porque queremos um mundo mais equilibrado, trabalhamos para isso: trabalhamos ajudando as pessoas a resgatarem a sua totalidade. 

Ajudamos as pessoas a serem plenas.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

É possível ultrapassar a insensibilidade e a dor



Se uma criança não é tocada, abraçada, amada o seu corpo não aprende a ser sensível e assim se pode tornar num adulto com pouca sensibilidade física. Às vezes tem mesmo dor em pontos onde é normal haver prazer. Esta pessoa tem que aprender a sentir, e isso faz-se através do toque sensível, amoroso e paciente e nomeadamente através de massagem.

Quando há insensibilidade, dor ou mesmo cócegas em alguma parte do corpo, isso significa que esse ponto guarda traumas que é necessário libertar.

Também os órgãos genitais guardam memórias dolorosas e daí terem dor, mal-estar ou insensibilidade. É mais frequente nas mulheres, mas também pode acontecer nos homens. Tal como no resto do corpo é necessário (e é possível) libertar esses traumas através do toque: as mulheres através da Massagem Curativa da Vulva (Yoni Healing) e os homens através de Massagem da Próstata ou do Lingam.

Segundo a minha abordagem, na maior parte dos casos é necessário um trabalho holístico: resgate do poder pessoal, do amor-próprio, aprendizagem da sensibilidade, libertação das memórias traumáticas guardadas no corpo.