quinta-feira, 11 de junho de 2015

A capacidade de ter prazer é finita?



Deixar de ter prazer ou de ter vontade de ter prazer é morrer em vida. Não me refiro exclusivamente a prazer físico, mas também me refiro a ele, quando pergunto se a capacidade de ter prazer é finita.

A capacidade de ter alegria no coração e sentir prazer através de qualquer órgão dos sentidos e em qualquer milímetro do corpo começa com o nascimento e termina com a morte. Se antes da morte física a capacidade de prazer terminar significa isso que a pessoa escolheu morrer antes de morrer. A boa notícia é: Como a morte física ainda não aconteceu a situação é reversível.

Que com a menopausa as mulheres deixam de ter interesse por sexo. Nada mais falso, mesmo aquelas que julgam que assim é. A essas sugiro que procurem Ser Pleno e que se descubram plenamente.

Também a sexualidade masculina não vai terminando com o avançar da idade: saibam os homens o que fazer. E isso também se aprende.

Na verdade é possível ter prazer em qualquer idade. Quando assim não é, tenha a pessoa 20, 30, 50 ou 100 anos; seja homem ou mulher, é porque alguma coisa está a funcionar menos bem e convém procurar ajuda. É sobretudo isso que fazemos em Ser Pleno, e por vezes é tão fácil de resolver.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Conversas com o espelho (ou o que é sexo?)



Pergunta: De que falas quando dizes “sexo feminino”?
Resposta: Falo de pele delicada (mesmo se com calos ou rugas); de 1,50m a 1,80m de altura (às vezes mais, outras nem tanto), de voz doce, sorriso matreiro, peito farto, coração quente, colo, imenso colo. Falo de mãe, amante, irmã, amiga, filha. De mulher e menina. De sábia e acabada de nascer. De criadora, trabalhadora. De garra.

P: E quando dizes “sexo masculino”, de que falas?
R: Falo de 1,60m a 2m (às vezes mais outras nem tanto) de corpo forte e determinado. De coragem, ousadia; de vontade de fazer e fazer. De coração ora doce ora inflexível. Falo de pai, irmão, amigo, amante, filho, companheiro. De criança, adulto, ancião. De pelos nas axilas e nas pernas, de colo protector, de segurança.

P: E quando dizes “sexualidade”, falas de quê?
R: De prazer. De prazer no 1,50m a 2m de corpo (às vezes mais outras nem tanto). De prazer, ternura e afinidade no coração. De prazer no abraço determinado à vida, ao outro, aos outros. De prazer no colo recebido, na criatividade, na criação, nos saltos dados na natureza, nos mergulhos plenos no mar, nos beijos da areia, do vento e do sol, no simples respirar de corpo inteiro. De prazer nos abraços partilhados com alguém, nos gemidos de corpo inteiro. Falo de alegria de ser plenamente, de transcendência, de imenso amor.

P: E o que é para ti “sexo”?
R: Masculino? Feminino? Relação Sexual? Órgãos genitais? Prazer? Nunca é, seguramente, só um acto sexual, ou só um órgão genital (ou só dois). Detesto coisas limitadas, prefiro a infinita imensidão que somos.