quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Retiro A Arte do Amor Pleno em Fevereiro


Inscrições terminam dia 31 de Janeiro

Inclui iniciação à massagem sensual (Tântrica)

Já falta pouco para o retiro A Arte no Amor Pleno, que se realiza em Abrantes, na Quinta do Pouchão, de 10 a 12 de Fevereiro. Mas porque há muitas coisas a aprontar para que tudo corra maravilhosamente bem, como o tema exige, só é possível aceitar inscrições até 31 de Janeiro, por isso apresse-se!


"Uma nova dimensão de sensações, uma nova visão da vida e através de uma coisa tão simples que todos temos por garantida mas que quase ninguém faz correctamente: o acto de RESPIRAR.

"Saber o que é sentirmo-nos em fusão com a outra pessoa, numa sensação brutal de paz, "stillness", tranquilidade, amorosidade e ternura."

Andre, 30 anos, engenheiro informático


"Foi um fim de semana inesquecível e que será um marco para mim, o início de uma nova caminhada... um acto de coragem... um autêntico desafio.

A verdadeira viagem no caminho da descoberta consiste, não em procurar novos caminhos, novas paisagens, mas sim em ter novos "olhos".

Ana, 56 anos, reformada



O Retiro A Arte do Amor Pleno -destina-se a quem quer aprofundar a intimidade amorosa, a vivência do prazer e a cumplicidade. Baseia-se em princípios da Sexualidade Sagrada e do Tantra adaptados à nossa realidade.


Amor, intimidade, romance, aprofundamento das relações, prazer pessoal e prazer a dois, tipos de toques, êxtase transcendente, orgasmos expandidos e múltiplos no homem e na mulher, são alguns dos temas a abordar.

Todo o processo decorre em ambiente absolutamente seguro, amoroso, integralmente respeitador do momento de cada um. Não há nudez nem toque genital. Todas as orientações sexuais são bem-vindas.

Temas a abordar

Amor, Romance, Sexualidade
Condicionamentos culturais e desmistificação de crençasEnergia erótica e sexual
Diferenças homens / mulheres
Controle do próprio prazer
Como e onde se deve tocar, tipos de toque
Comunicação
Sedução
Intimidade
Pré-preliminares e preliminares
Intimidade sexual
Orgasmo (genital, expandido, múltiplos)
Controle da ejaculação
Casal multi-orgástico


Prática

Consciencialização de cada parte do corpo,
Desenvolvimento da sensibilidade e da intuição
Sintonia com o outro
Trabalho energético
Diferentes formas de acariciamento
Acariciamento para lá do toque
Ampliação do prazer
Conexão energética e extática
Introdução à massagem sensual


Facilitadora

Sati

Licenciada em Comunicação Social, com formação em vários tipos de Massagem (entre as quais Ayurvedica e Tantrica), em Sexualidade Sagrada, Biodanza, Meditação e Yoga, desenvolveu a Massagem Intuitiva Holística, que vai ao encontro das necessidades físicas, emocionais, mentais, energéticas e espirituais de cada pessoa.

Em 2014 lançou o projecto Ser Pleno, que tem como objectivos ajudar mulheres e homens a assumirem a sua plenitude e a ultrapassaram traumas emocionais e físicos ligados à sexualidade e à vivência romântico-amorosa. Essa ajuda é dada através de workshops e de sessões individuais e de casal.

Em Ser Pleno, Sati usa os conhecimentos aprendidos com Amala Shakti Devi e Peter Littlejohn Cook, com todos os seus professores de massagem e de meditação, e cada vez mais o seu próprio trabalho e pesquisas, que têm ajudado inúmeras pessoas a recuperarem o prazer de viver, a auto-estima e a capacidade de estarem plenamente em relações íntimas.

A sua postura é a da sacralidade da vida e a sacralidade de cada ser, por isso todos os trabalhos primam pelo respeito absoluto por cada um e são conduzidos a partir do amor, através do amor e para o amor.

Quando

Decorre de sexta-feira, 10 de Fevereiro, às 20 horas, até domingo dia 12 às 18 horas


Local

Solar da Quinta do Pouchão, Abrantes

(A apenas 1h15m de Lisboa e a 2h15m do Porto, com autoestrada à porta)

O Solar da Quinta do Pouchão está longe da civilização o que propicia o encontro com nós mesmos e com o outro.

«É neste lugar mágico, que podemos redescobrir os lugares guardados dentro de nós, lugares escondidos para onde vamos à boleia do som das garças, da quietude dos lagos e do restolhar das folhas das árvores. Estar aqui é viver sem que as horas controlem a nossa vida. É ter a suprema e divina sensação da liberdade. É ganhar a consciência que podemos quebrar regras que já não fazem sentido. É resgatar a nossa criança interior, rompendo padrões e crenças auto-impostos. E a partir dessa nova consciência tudo acontece, mudamos e transformamo-nos em quem realmente somos.»

Vídeo de apresentação do Solar Quinta do Pouchão


INVESTIMENTO (por pessoa):

185,00€ para individuais
170,00€ para casais
inclui: alojamento em regime de hostel e alimentação vegetariana

As inscrições terminam a 31 de Janeiro e são confirmadas através do pagamento de 50% do valor do retiro, o restante deverá ser pago até 9 de Fevereiro.


INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:

solarquintadopouchao@gmail.com

Sofia Pérez 939 275 338
Pedro Oliveira 918 766 549

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

O Êxtase de Santa Teresa de Ávila


Êxtase de Santa Teresa de Ávila de Bernini, na Igreja de Santa Maria Vitória, Roma

O amor associado à vivência de prazer extático são uma das formas de atingir a iluminação no Tantra. Esse êxtase pode ou não acontecer através de relação sexual. É amor puro, transcendente, que leva a pessoa para uma outra dimensão.

Penso que o amor e o êxtase profusamente escritos por Santa Teresa de Ávila, e magistralmente esculpidos por Bernini, falam também disto. Na sua própria visão e palavras, o anjo cupido atinge santa Teresa de Ávila com a sua seta dourada: “A dor era tão grande que eu soltava gemidos, e era tão excessiva a suavidade produzida por essa dor imensa que a alma não desejava que tivesse fim nem se contentava senão com a presença de Deus. Não se trata de dor corporal; é espiritual, se bem que o corpo também participe, às vezes muito.”

Santa Teresa de Ávila nas suas palavras puras fala de amor romântico (veja-se o poema abaixo) e de êxtase e a igreja aceita-os porque não tem participação física de uma segunda pessoa. E assim é o êxtase amoroso, o prazer transcendental: é amor puro, luz pura, um estado de beatitude, de plenitude de que não se quer sair.

Quando falo em Sexualidade Sagrada falo nesta permissão de sentir o que o corpo e a alma são capazes de sentir, haja ou não outra pessoa, seja o amor por Deus ou por um ser de carne e osso. Falo no direito de todos resgatarmos a nossa capacidade de amar e sentir prazer ilimitado. Digo que a intimidade que se pratica por aí pode experimentar esta magnitude. Que a falta de intimidade amorosa dos casais pode transmutar-se em algo deste género, se ambos quiserem, se ambos ousarem experimentar a forma.

Porque é que alguém poderá entrar em êxtase com Deus por amor e não poderá ter êxtase amoroso com o seu parceiro ou parceira? Mera arbitrariedade humana que tão mal tem feito às pessoas e às sociedades.

Mas todos os dias são dias óptimos para darmos início a outra história pessoal e social. À história de quem é de facto cada um de nós.


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"Quis o Senhor que eu tivesse algumas vezes esta visão: eu via um anjo perto de mim, do lado esquerdo, em forma corporal, o que só acontece raramente. Muitas vezes me aparecem anjos, mas só os vejo na visão passada de que falei. O Senhor quis que eu o visse assim: não era grande, mas pequeno, e muito formoso, com um rosto tão resplandecente que parecia um dos anjos muito elevados que se abrasam. Deve ser dos que chamam querubins, já que não me dizem os nomes, mas bem vejo que no céu há tanta diferença entre os anjos que eu não os saberia distinguir.


"Vi que trazia nas mãos um comprido dardo de ouro, em cuja ponta de ferro julguei que havia um pouco de fogo. Eu tinha a impressão de que ele me perfurava o coração com o dardo algumas vezes, atingindo-me as entranhas. Quando o tirava, parecia-me que as entranhas eram retiradas, e eu ficava toda abrasada num imenso amor de Deus. A dor era tão grande que eu soltava gemidos, e era tão excessiva a suavidade produzida por essa dor imensa que a alma não desejava que tivesse fim nem se contentava senão com a presença de Deus. Não se trata de dor corporal; é espiritual, se bem que o corpo também participe, às vezes muito. É um contato tão suave entre a alma e Deus que suplico à Sua bondade que dê essa experiência a quem pensar que minto."


Da autobiografia de Santa Teresa de Ávila segundo Padre Paulo Ricardo

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GLOSA
De Santa Teresa de Ávila

Esta divina união
com o amor por quem eu vivo
faz de Deus o meu cativo
e livre meu coração;
mas causa em mim tal paixão
ver a Deus em meu poder
que morro de não morrer.

Ai! como é longa esta vida!
Que duros estes desterros,
este cárcere e estes ferros
em que a alma está metida!
Só esperar a saída
me causa tanto sofrer
que morro de não morrer.

Ai! Que vida tão amarga
se não se goza o Senhor!
E, se tão doce é o amor,
não o é a esperança larga;
tire-me Deus esta carga
tão dura de padecer,
que morro de não morrer.

Somente com a confiança
vivo de que hei de morrer;
porque, morrendo, o viver
assegura-me a esperança:
morte em que o viver se alcança,
bem cedo te quero ver,
que morro de não morrer.
(…)

Vida, como obsequiá-lo,
a meu Deus, que vive em mim,
senão perdendo-te a ti,
por melhor poder gozá-lo?
Quero morrendo alcançá-lo,
pois só Ele é o meu querer,
que morro de não morrer.

Estando ausente de ti,
que vida pudera ter,
senão morte padecer
a maior que jamais vi?
Lástima tenho de mi,
por tamanho mal sofrer,
que morro de não morrer.